quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Decepção


A esperança escorre pela face como um rio após uma tempestade. O mundo fica cada vez mais embaçado. Rezo para que esse desespero se vá do mesmo jeito que se foi minha esperança. Já não espero que atenda os meus pedidos de socorro, pois há muito deixou fazê-lo. É difícil respirar... Talvez esteja me afogando nesse mar de decepções. Já não espero que estenda a mão para minha salvação, pois sei realmente que não se importa. Iludiu-me, acreditei cegamente que estava ao meu lado, que não deixaria que eu caísse. Aqui embaixo, já não vejo ninguém por perto, nenhum braço à minha volta, nenhum consolo, nenhuma compreensão. Iludiu-me tanto que a queda foi insuportável. Agora estou no fundo do poço, mas não me esqueço de que é daqui que se tem o melhor impulso. Não sou fraca, mas tenho sentimentos. Dizer que é ciúmes é menosprezá-los. O que pra ele é um detalhe, pra mim é um mundo. Suas palavras me agradam, mas suas atitudes me decepcionam. Disse que me amava, que podia o que bem quisesse, que se importava. Uma sábia me aconselhou a não acreditar em quem diz que te ama, acredite nas provas que este lhe dá para acreditar. Já houve dias em que me deste razão para acreditar, mas em outros esquece totalmente da minha presença. Não se pode viver pela metade, tem que se aproveitar por completo. Como pode me amar por um momento, e me esquecer em outro? Ignorar. É o que eu tenho feito muito ultimamente. Ao contrário do que a maioria pensa, o inverso do amor não é o ódio, e sim a indiferença. Tanto no ódio como no amor você se importa com a pessoa positiva ou negativamente. Na indiferença, esta já não existe para você, é apenas um cenário do qual você não se importa. Quando me levantar, não haverá mais quem me derrube, pois essa lição já terei aprendido. Terei aprendido que nem um idiota valerá uma lágrima que derramei. Se lamentar, é perda de tempo. Me levantarei sem apoios, mais forte do que nunca. Nadarei para uma ilha próxima e construirei meu próprio forte...
Gabriela.



Esse texto foi escrito por Gabriela, uma das integrantes do nosso grupo. Esperamos que vocês escrevam como ela, basta sentar embaixo de uma árvore, deitar no colchão... E imaginar e colocar tudo que você sente pra fora! 

Beeijos.
Bianca, Gabriela, José Neto e Pedro.

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