Por: Vitor,
Luana, Luiza e Alice
Nesse post, vamos falar sobre a psicopatia
infantil, um tema muito interessante, mas não muito discutido.
Primeiramente, o que é a psicopatia? A
Psicopatia é um comportamento social presente em pessoas sem consciência moral,
ética e humana, que em suas atitudes não tem compromisso com o outro e com as
regras sociais, além de não mostrarem amor ao próximo e empatia. Portanto,
a psicopatia infantil se define desta mesma forma, mas em crianças e
adolescentes.
Muitas vezes a criança começa a se comportar assim
por conta de alguma trauma antigo e por isso não consegue criar ligações com as
pessoas, chegando a machucá-las ou até mesmo matá-las sem ressentimento. Apesar
disso, especialistas e livros de psiquiatria só classificam psicopatia depois
dos 18 anos (antes de 15 são considerados transtornos de conduta, já que o cérebro
ainda está em desenvolvimento).
Pesquisas mostram também que o cérebro de um psicopata
tem estruturas diferentes como, por exemplo, o córtex pré-frontal e amígdala,
que têm uma conexão menor um com o outro. O córtex pré-frontal é
responsável pela tomada de decisões e atenção. Já a amígdala tem a função de
regular nossos sentimentos, como a empatia. Ou seja, se a conexão é
reduzida, a comunicação não é eficiente, assim não há ligação dos nossos sentimentos nem moral em nossas atitudes, o
que pode explicar a frieza no comportamento psicopata.
Aqui são alguns dos casos de psicopatia infantil
que achamos mais interessantes trazer:
Caso de Graham Young
- 14 anos
- Inglaterra
Aos 14 anos, ele
começou a testar veneno na sua família, deixando-os doentes. Várias vezes,
comprava os materiais mentindo sua idade e falava que era para a escola. Em 21
de abril de 1962, a sua madrasta morreu por conta de algum desses venenos. O
adolescente também envenenou seu pai, irmã e um amigo da escola. A tia de seu
colega sabia do seu hobby e logo suspeitou, mas não foi preso, pois também
sofreu com o mesmo enjoo e doenças que sua família tinha, isso porque às vezes
não lembrava quais alimentos havia envenenado. Foi levado ao psiquiatra e o
mesmo recomendou chamar a polícia. O jovem confessou as tentativas de
assassinato e foi condenado a cumprir pena em uma instituição para criminosos
de mente instável, mas foi liberado 9 anos depois, dito como “totalmente
recuperado”. Durante a internação, estudou textos médicos e conheceu mais
venenos. Ao ser liberado, disse a uma enfermeira: “Quando eu sair, vou matar
uma pessoa para cada ano que passei neste lugar”. E assim fez. Ao sair, foi
trabalhar no John Hadland Laboratories e teve acesso a muitas outras substâncias.
Caso de Mary Bell
- 11 anos
- Inglaterra
Filha de Betty Bell,
uma prostituta de 17 anos, sofreu muito na infância. Sua mãe a forçava a
exercer a mesma profissão que ela, apesar de ter apenas 5 anos na época. Mary
foi levada para o orfanato, mas sua tia a trouxe de volta para casa. Então,
Betty a drogava em tentativas de se livrar da criança. Traumatizada com tudo
isso, Mary Bell cortou ligações afetivas com todos à sua volta e a partir daí
começou a ter comportamentos psicopatas. Mas tudo piorou quando a menina
presenciou o atropelamento de uma criança. Ela machucava animais, arrancava a
cabeça de suas bonecas, chegou até a quebrar o nariz de seu tio. Além de ter
praticado estrangulamento em seus colegas. Aos 11 anos, Mary Bell e sua amiga
foram suspeitas de um assassinato. Semanas depois, as duas meninas invadiram
uma creche à noite lá escreveram quatro cartas confessando homicídio. Mas não
acabou por aí... Mary Bell cometeu muitos outros crimes.
Caso de Beth Thomas
- 6 anos
O caso de Beth Thomas
é muito complexo e foi feito um documentário sobre toda sua história “Child Of
Rage” ou “A ira de um anjo”. Então, decidimos trazer o link do vídeo:
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