terça-feira, 12 de dezembro de 2017

A discussão por trás do aborto

Por: Clara, Marcella, Paloma e Sofya Libório 




O aborto é um dos assuntos mais polêmicos de que já falamos por aqui, já que inclui toda uma discussão moral.

O aborto é a morte de uma criança no ventre de sua mãe, produzida durante qualquer momento, da etapa que vai desde a fecundação (união do óvulo com o espermatozoide) até o momento próximo do nascimento.

O aborto, porém, é proibido no Brasil. Por quê?  Porque é considerado como crime contra a vida humana pelo Código Penal Brasileiro.

Mas, e se a mulher tiver sido estuprada? E se ela não tiver dinheiro ou condições para criar a criança? Uma série de outras coisas pode levar a mulher a querer abortar, mas, se ela o fizer, pode ser detida por um a três anos.

Recentemente, na terça-feira (21/11), a Câmara dos Deputados retomou a votação de uma pauta polêmica, a da legalização do aborto. Votando havia 18 homens e 1 mulher, portanto a decisão final ficou de 18 votos contra x 1 voto a favor. Mas, eu lhes pergunto: homens engravidam? Correm risco constante de serem estuprados? Carregam seres dentro de si que lhe causam complicações por 9 meses? Acho que não! Então, como foram eles que tiveram o voto final nessa decisão? Também não sabemos.

Esses homens e outras pessoas contra o aborto afirmam que é um crime matar a vida do bebê. Mas, também não seria crime estragar a vida de uma mulher?

Uma pesquisa feita em Nova Iorque constatou que depois da legalização do aborto, os índices de criminalidade diminuíram, menos pessoas pobres, menos filhos indesejados, menos crimes, menos gastos com saúde, educação etc. Logo, menos pobreza.

O nascimento e a permanência de crianças em lares perturbados, com privação e negligência familiar, são fatores responsáveis pelo cometimento de delitos, de acordo com TEIXEIRA (1994, p. 29). Portanto, proibir que mulheres sem condições abortem tem, entre suas consequências, o aumento da criminalidade.

Esse assunto, porém, ainda é um tabu, e as pessoas e o governo precisam abrir os olhos, já que, como não existem clínicas e lugares seguros, cerca de 50 mil mulheres morrem por aborto clandestino por ano. Isso, porém, envolve toda uma questão de crenças e opiniões, portanto formem as suas, mas não se esqueçam de que há questões muito maiores em jogo. 

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