segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Livros

Laços de família

Para escrever este texto, selecionei uma das mais esplêndidas escritoras brasileiras, Clarice Lispector.  Dos livros que poderia recomendar, Laços de família seria minha primeira opção. O livro foi publicado em 1960 e a maioria das histórias mostra uma vida cotidiana abalada por algo que a desperta. Retrata, por exemplo, donas de casa que tentam conciliar a vida familiar com uma vida menos controlada, como no caso do conto “Amor”, que expõe o momento em que Ana, após ver um cego mascando chiclete, percebe um novo mundo selvagem se revelando em sua frente. Ou em Feliz Aniversário, quando temos uma reunião familiar em volta de uma senhora calada e incompreendida que após a morte de seu filho sente uma drástica mudança em sua vida. Mas vamos focar em um conto que já citei, Os laços de família. O conto se inicia com Cataria e sua mãe indo para estação de trem. Em cada trecho é marcada e reforçada uma falta, uma secura caracterizando a relação entre mãe e filha.  Narrando em terceira pessoa, Clarice conseguiu passar o vazio e a dor das duas personagens.  Novamente enfatizo que é um livro maravilhoso para quem quer começar a ler e entender Clarice.

Jheovanna


Divergente

Numa Chicago futurista, a sociedade se dividia em cinco facções: Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição.  Não pertencer a nenhuma facção era como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão pelo qual passam todos os jovens aos 16 anos - uma grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo devem se unir para passar o resto de suas vidas - revelou que ela era uma divergente. Esse resultado se deu quando seu teste de aptidão resultou em dois ou mais tipos de facções, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem devia então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente era. Beatrice acabou fazendo uma escolha que surpreendeu a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal onde vive. 

Melissa


Capitães da areia

Capitães da Areia foi escrito por Jorge Amado, autor que procurava contextualizar seus livros na Bahia, onde nasceu, em 10 de agosto de 1922.

Em 1932, o autor teve o seu primeiro livro, O pais do carnaval, lançado e publicou outros textos, como Cacau, Mar morto e Suor.  O autor finalmente chegou a Capitães da Areia, obra que expõe a história de João Grande, Dora, Dalva, Sem-Pernas, Professor, Boa-Vida, Querido-de-Deus, Pirulito, Volta-Seca, Gato, João-de-Adão e, por fim, mas não menos importante, o líder do grupo de meninos desamparados, Pedro-Bala. Cada menino tem sua característica e isso é apontado também na forma como eles são nomeados, como por exemplo, Sem-Pernas, que é um menino com deficiência física.

Jorge Amado traz outra forma de ver os meninos de rua, não como ladrões, mas como meninos desamparados que não tem figura materna ou paterna. Eles passam fome, roubam para viver, mas são unido como irmãos e quem desobedece essa irmandade é expulso do bando.

O livro Capitães da Areia é dividido em episódios, mas isso não impede que o narrador siga uma linha de raciocínio sólida.

Lurhana



Diário de uma princesa: 1ª parte

O livro retrata a história de Amélia Temopolis, mais conhecida como Mia. A garota de quatorze anos era inteligente e pouco sociável. Ela costumava ser perseguida na escola por conta do seu visual desleixado. Embora não tivesse muitos amigos, tinha os melhores: Michael e Lilly. Mia tinha uma vida simples e morava com sua mãe. Tempos depois, Mia descobriu que a sua avó paterna, Clarice, era a rainha de Genovia. Ao marcarem um encontro, a avó lhe contou que a garota herdou o trono do seu pai, que era príncipe, logo ela era a princesa. Ao saber da grande noticia, Mia ficou espantada e se recusou  a assumir o trono. Ela escondeu o assunto de todos, mas sua avó lhe deu o diário com a carta que seu pai tinha deixado antes de morrer. Ela deveria receber a carta quando fizesse quinze anos. Mia passou a frequentar a casa de sua avó para receber aulas de etiqueta e uma grande mudança de visual. Ao chegar à escola, todos descobriram o seu grande segredo real. Mia, ao se tornar o foco da mídia, tentou se esconder de todos, afastando-se dos seus únicos amigos. No final da obra, aconteceu um baile real, quando ela seria coroada princesa de Genovia. Nesta festa, ela se reconciliou com seus amigos e assumiu o lugar de princesa. (continua na 2 parte, 2 livro)

Mariana